Realizado por Mario bava e com a carismática Barbara Steele no papel principal, La Maschera del Demonio é definitivamente um marco na historia do cinema Italiano.
Visualmente hipnótico, um tanto teatral e definitivamente gótico este foi o filme que catapultou Mário Bava para a fama.
“‘One day in each century it is said that Satan walks among us. To the God-fearing this day is known as Black Sunday,’ a portentous voice has told us. Surely this is that day, and the face that glares at us from the screen, transfixed in a seeming ecstasy of evil, is Satan incarnate in bewitching mortal form. The glaring depths of her eyes radiate pure hatred, but strangely, this in no way obscures their beauty. A predatory joy in her savage expression imbues the pale visage with an inhuman quality. Her lips are thin, yet sensuous. Wild black hair frames the pale cheekbones. A study in chiaroscuro, her luminous portrait is delineated in shadows worthy of the brush of an unknown master. The exquisite face is cruelly marred by a pattern of wounds, impressed upon her flesh by the spiked mask she has worn for centuries.”
Nikolas Shreck
Snow White
Adoro o género do terror mas falta-me conhecer muita coisa, por isso fiquei muito contente com a escolha deste tema.
ResponderEliminarComeçamos por Mario Bava. Este é oficialmente o seu primeiro filme, mas Bava já tinha realizado alguns sem ter sido creditado.
Não estava à espera que o filme tocasse, mesmo que muito levemente, nos vampiros.
Aparentemente a personagem de Asa e o seu marido iam usar os típicos caninos salientes e tudo, mas Bava acabou por desistir da ideia.
O início é muito bom, temos uma princesa acusada de ser serva de Satã, uma vampira que é castigada por isso. É marcada, queimam-lhe um S no corpo e cravam-lhe uma máscara.
A cena em que colocam a máscara espigada e depois surge um carrasco que vai martelá-la na face da princesa é poderosa. Temos filme.
La maschera del demonio é um filme de 1960. Na altura foi considerado muito violento sendo até proibido no reino unido (que tem uma forte fama de censura cinematográfica) e nos USA algumas cenas foram cortadas.
Hoje passado 50 anos o filme que mais polémica tem gerado é o "Serbian Film" e olhando para um e para o outro (não vi o Serbian mas imagino) é curioso ver como os tempos mudaram.
Sim, o filme tem uma atmosfera fantástica, confesso que o plot não vai por aí além mas deixa mesmo assim uma boa impressão final.
ResponderEliminarPois, o tempos mudaram mas a verdade é que quanto mais polémico um filme é, mais as pessoas o querem ver.
Sim o enredo não é propriamente surpreendente, a atmosfera é o melhor do filme, ainda pensei que podia ser engraçado se a Asa no final enganasse todos :P
ResponderEliminarQuanto à polémica isso nunca vai mudar, um filme faz barulho e vai atrair atenções, a curiosidade é forte demais.
Já não me lembro muito bem do filme, mas lembro-me de ter gostado. Só que não me deu vontade de querer descobrir mais Bava. Mas os Bavas sem côr fazem-me agora alguma confusão, porque parte do encanto e da identidade dele devem a isso. Há pormenores belíssimos em vários filmes dele que o ilustram. Mas ainda assim apanhei um sustozinho com o plano da segunda foto, eheh
ResponderEliminarEm relação a isso das polémicas, acho que hoje as audiências se chocam mais pela superficialidade da coisa (a violência gráfica é uma coisa completamente banal). Acho que há filmes da "era clássica" de Hollywood que ainda dão murros no estômago: Fuller, Ray, Wilder, Lang. A violência espiritual é uma coisa muito mais complicada e profunda. Um dos filmes mais violentos de sempre dá pelo nome de "Ace in the Hole" e não há muito sangue ou sexo.
Toda a gente quando fala de terror italiano salienta o uso das cores. Quando vir os próximos falarei disso. Mas por isso mesmo também acho de valor ter um a preto e branco.
ResponderEliminarConcordo contigo chocar pelo chocar é relativamente fácil. E nesse sentido andam a esticar cada vez mais a corda talvez testando a ver até onde vai sem quebrar.
São filmes que nada têm a ver com os que referes, comparava apenas o que hoje em dia é tido como polémico em comparação com o passado.
Mas tal como dizes um filme não precisa de sangue para nos deixar abalados, longe disso.
O Black Sunday foi o primeiro filme que vi de Mario Bava e despertou-me curiosidade para os trabalhos seguintes do realizador. Actualmente o meu filme favorito dele é o “Kill Baby Kill” (do qual, sinceramente, já mal me lembro do enredo :p) que é completamente psicadélico (a nível de cor e não só), ou seja: genial (digo eu hehe) :)
ResponderEliminarMas o Black Sunday tem a Steele, que é inquestionavelmente a rainha do terror Italiano e possui as feições mais memoráveis dentro deste género (com aquele tão característico sensual tom gótico) e merece ser mencionada.
Ainda em relação à polémica, acho que até teria ficado bem o “Cannibal Holocaust” do Sr. Deodato na lista. Adequado, apesar de não ter achado o filme nada de especial.
Boa escolha para começar este ciclo. Como referi num outro comentário não conhecia o terror italiano, apesar de ter uma certa curiosidade em conhecer. Gostei bastante deste filme, consegue ter uma boa história, com cenários e personagens góticas qb, tem bons achados e não cai em facilitismos que o género normalmente tem. Vamos lá ver o que nos reservam os filmes a cores :)
ResponderEliminarQuanto à violência, acho que o que se passa hoje em dia em certos filmes é que são feitos para chocar e depois queixam-se que os 'moralistas' critiquem. Mas às vezes há alguns que vão longe demais. No caso do Serbian Film penso que foi esse o problema, convenhamos que cenas com violações de bebés, na minha opinião e por muito defensor da liberdade artística e de expressão que seja, é ir um bocadinho longe de mais. Mas também é como tudo: só vê quem quer.