sábado, 27 de agosto de 2011

Akira (1988)



A mangá Akira (1982-1990) da autoria de Katsuhiro Otomo foi o meu primeiro contacto com o mundo da BD japonesa. Um golpe fortuito do destino, pois na altura não havia mangá disponível (pelo menos que eu encontrasse). Por isso tive sorte quando me ofereceram o 1º e 2º vol. de uma edição brasileira de Akira.
Durante muitos anos fiquei a sonhar com esta história e como se desenrolaria até à sua conclusão. Eventualmente anos mais tarde, consegui terminar a colecção e ainda hoje se trata de um dos meus mangás predilectos, um clássico, uma obra-prima.
Pelo caminho assisti a este filme realizado pelo próprio autor do mangá, Katsuhiro Otomo.

Para contar a história de Akira num filme, esta teve de ser drasticamente condensada quando comparada com o mangá. E por isso a segunda metade do filme diverge consideravelmente.
Preferindo a versão do mangá porque tem mais tempo para desenvolver a história, o filme de Akira não deixa de ser um portento e um dos mais icónicos filmes deste género de sempre que tem influenciado e continua a influenciar os mais variados cineastas.



Pertencente ao género cyberpunk, Akira decorre no futuro ano de 2019 em Neo-Tóquio, uma nova cidade que se ergue das cinzas de Tóquio destruída há 31 anos atrás. Destruição essa que levou à 3º guerra mundial.

A história tem início com Kaneda e Tetsuo, dois grandes amigos que pertencem a um gang de motoqueiros liderado pelo carismático Kaneda. Dois amigos separados ao início e que estão destinados a confrontar-se no futuro, como tantas e tantas vezes tem decorrido na ficção. Pois Tetsuo não é um miúdo comum. Após um acidente de mota o Colonel Shikishima e o Doctor Onishi descobrem que Tetsuo possui poderes psíquicos similares aos de Akira, a criança mais poderosa a pisar a Terra e que foi a causadora da destruição de Tóquio. A partir daqui Tetsuo nunca mais será perdido de vista, o seu potencial é imenso e tem de ser controlado.



Entretanto Kaneda alia-se a um grupo de rebeldes (muito por causa da bela Kei) a fim de encontrar o seu amigo (Tetsuo) mantido prisioneiro pelo temível Colonel Shikishima.

Concluindo, na minha opinião é um filme obrigatório pois quem é fã de animé e nunca viu Akira é como um católico que nunca foi à missa.


Gabriel Martins / Alternative Prison

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